Para que lado eu chuto?

Para que lado eu chuto?

“Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus.
Filipenses 3.13,14

 

Quem já jogou futebol na infância já fez essa pergunta em alguma partida entre amigos. Vai para o jogo já começado e quer saber quais são os companheiros de time para não fazer um passe ao adversário e, principalmente, saber para que lado deve chutar a gol – correndo o grande risco de disparar contra o próprio goleiro e seu time já expulsá-lo de campo…

Nesta semana iniciou mais uma Copa do Mundo e pelo planeta inteiro é um assunto comum. Ali estão os que sabem para onde chutar e qual o objetivo de estarem naquele país distante, sendo vistos por todo lado. As conquistas e projeção darão um outro rumo às suas vidas. Estão lá para isso mesmo.

Nossa vida é mais que uma partida de futebol, mas é muito semelhante quando a olhamos pelo lado da competição diária, precisando vencer o tempo todo, não querer ser deixado de lado ou ficar para trás. E a pergunta pode ser recorrente: para que lado eu chuto?

No coração que está entregue a Cristo esta dúvida não existe. Sabe para onde olha e caminha, tem plena consciência de que a jornada ainda está em andamento, enfrenta as lutas e adversários com a certeza de que há Alguém por trás que o fortalece e acompanha. A caminhada do cristão já foi contada naquele importante livro chamado “O Peregrino” que está a caminho da Mansão Celestial e precisa passar por adversários fortes. Mas sabe que a conquista trará uma alegria mais que especial, já que somos mais que vencedores por causa de Cristo.

Na competição esportiva, uns se alegram porque ganharam e outros choram porque perderam. Na caminhada da fé, nos alegramos com quem também se alegra e choramos dividindo as tristezas dos que também choram. Não é competição, é companhia. Não é preocupação de chegar primeiro, mas de chegar no alvo. Não é carreira solo, mas vivência na comunhão fortalecendo quem vai ao lado.

Esse é o lado, essa é a direção. Que a euforia de uns jogos não seja maior do que a compreensão de que um mês de jogos não são mais importantes do que anos de vida.

Que Deus nos ajude!

Rev. Carlos Eduardo

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