Crentes fora de moda

Crentes fora de moda

“Estando ele em Jerusalém, durante a festa da páscoa, muitos vendo os sinais que ele fazia, creram no seu nome; mas o próprio Jesus não se confiava a eles, porque os conhecia a todos. E não precisava de que alguém lhe desse testemunho a respeito do homem, porque ele mesmo sabia o que era a natureza humana” ─ João 2:23-25

 

Com muita frequência nos surpreendemos com o aparecimento e crescimento espetacular de algumas igrejas evangélicas ou pseudo evangélicas. Mesmo quando nos limitamos à nossa denominação, não é incomum vermos esse fenômeno acontecer. Até a nossa igreja local já passou por momentos de crescimento explosivo e empolgante. Certamente você se lembra quando “todo mundo” ia na Igreja X, Y ou Z porque lá encontrava “uma palavra de poder, um louvor genuíno ou manifestações espirituais autênticas”.

Também vimos, depois de algum tempo, essas mesmas igrejas perderem o seu público para uma outra, onde a palavra, aparentemente era mais forte ainda; o louvor, definitivamente, mais edificante; as manifestações espirituais muito mais significativas. Muitas das igrejas que ficaram para trás se estabilizaram depois do período de euforia espiritual, outras, simplesmente desapareceram. Algumas deixaram de ser a igreja da “moda” para serem apenas igrejas. Outras deixaram de ser.

A moda é fugaz. Os estilistas que apresentam suas criações no São Paulo Fashion Week, mal acabam de colher os louros da crítica e do público e já voltam para suas pranchetas e computadores para desenhar a próxima estação, que será apresentada em alguns meses. Eles não se iludem com o sucesso do momento, sabem que as mesmas pessoas que se encantaram com o seu show, vão querer rapidamente outras novidades.
Esse comportamento não é novo, nem pode ser atribuído ao nosso mundo consumista. Usar as coisas e as pessoas para, em seguida, descartá-las é uma das características mais marcantes do ser humano. Faz parte da sua essência, e Jesus já sabia muito bem disso quando ignorou a muitos que o seguiam pois, como nos relata João, ele conhecia a natureza deles. Mas, quem são esses nômades que passam a vida migrando de uma igreja para a outra? Quem são esses “crentes” que nunca ficam fora da moda eclesiástica do momento? Nas próximas semanas falaremos a respeito de cada um deles.

 

Presb. Fábio Adiron Ribeiro

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